A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado ocorrido na Amérida Latina e talvez o mais importante deles. Ocorreu nos anos de 1865 até 1870. Tudo começou, porque o Paraguai, apesar de ser uma potência econômica na América Latina, desejava uma saída marítima para escoar sua produção sem precisar pagar altos tributos ao Brasil e à Argentina. Enquanto isso, o Uruguai lutava para manter sua independência diante dos interesses de brasileiros e argentinos no seu território. Em 1864, o Brasil realizou uma intervenção armada contra o governo de Aguirre no Uruguai. Na época, o governante paraguaio tentou agir como mediador da questão, porém, uma vez recusado pelo Brasil; Francisco Solano López, iniciou ataques armados no Mato Grosso e no Rio Grande do Sul - temendo o Imperialismo Brasileiro - e atacou também a Argentina, em Corrientes, com o intuito de desestimular as interferências destes países na política uruguaia e obter uma saída para o mar.
O exército paraguaio estava melhor preparado para combate que os dos aliados*, entretanto, como o Paraguai havia feito duas frentes de guerra, seu exército tornou-se insuficiente. No final da guerra já integravam sua tropa, paraguaios com menos de 16 anos, os quais combatiam descalços.
O Brasil possuía nenhum preparo, sem exército, agrupou homens ao longo da própria batalha (foram necessários 4 meses para organizá-lo).O desconhecimento do campo de batalha levou os brasileiros a muitas frustações como: a compra de barracas francesas de mesmo modelo das utilizadas na Guerra da Criméia – inútil para abrigar soldados na umidade e no frio do pantanoso terreno da Bacia do Rio da Prata - , instalação de acampamentos nas baixadas, que, após as chuvas freqüentes, ficavam em estado lastimável e a alta vulnerabilidade às doenças aos quais os combatentes (vindos de outras regiões do Brasil) ficavam expostos, devido principalmente ao frio intenso da região. Ao eclodir a guerra, Osorio já fazia parte da elite militar brasileira e recebeu o comando do I Corpo do Exército Imperial, sendo promovido a Marechal de Campo. Dedicou-se, de início aos trabalhos de recrutamento e treinamento de homens e organização do material logístico para a campanhaEm 16 de abril de 1866, comandou as tropas brasileiras que invadiram o Paraguai; foi o primeiro a pôr os pés no território paraguaio no desembarque do Passo da Pátria.
Com 58 anos de idade participou da Batalha de Tuiuti, no sul do Paraguai (maior batalha campal da América do Sul até os dias de hoje), transcorrida no dia 24 de maio de 1866, durou apenas 4 horas.Resumiu-se no ataque de aproximadamente 20 mil paraguaios contra um acampamento de brasileiros e *aliados. Houve mais de 13 mil baixas dos paraguaios entre mortos e feridos e pouco mais de 4 mil dos aliados. Diante dessa derrota o país estava decisivamente enfraquecido. Ferido por uma bala, Osorio se ausentou da batalha por algum tempo, voltando logo a seguir em 1867 e assumiu o comando do 3° Corpo do Exército, sob o comando geral de Caxias. Nessa fase foi promovido a tenente-general (1° de julho de 1867) e elevado a Visconde do Herval (3 de março de 1868). Durante toda a primeira fase da Guerra, Osorio se destacou como melhor comandante. Era um líder nato: estrategista, com um ótimo senso tático, cuidadoso, preocupado com seus soldados e muito humilde, se tornando assim, muito querido por todo seu regimento. Em 11 de setembro foi novamente atingido por uma bala, desta vez no maxilar, na batalha do Avaí; passou o comando de suas tropas, porém continuou no campo de batalha. Só a sua presença já animava os soldados. No entanto, o ferimento era grave e exigiu meses de repouso no Brasil. Em 6 de julho de 1869, sob o comando geral do Conde d’Eu, assumiu no Paraguai a direção do I Exército. Participou da batalha de Peribeluí (12 de agosto), porém em 23 de novembro, seu estado de saúde obrigou-o a deixar definitivamente o Paraguai. Após o final da guerra, 29 de dezembro, foi elevado a Marquês do Herval.
Os aliados saíram vitoriosos. Como conseqÜência, o Brasil ficou muito e endividado com a Inglaterra (Banco de Londres e as casas Baring Brothers e Rothschild) principal beneficiária do conflito, forneceu armas e empréstimos, ampliando seus negócios na região. Outra conseqüência que pode ser notada até hoje foi a total destruição do Paraguai. Com a Guerra, só restaram mulheres e velhos integrando a população paraguaia. O próprio país estava fisicamente demolido e permanece sem condições de se reerguer.


ALIADOS: Brasil, Argentina e Uruguai








CURIOSIDADE: O VERDADEIRO INÍCIO DA GUERRA DO PARAGUAI

Muitos acreditam que a Guerra do Paraguai teve início apenas quando Francisco Solano López decidiu atacar nosso país. Contrariando estes, é possível afirmar que a guerra começou bem antes, porém não estava declarada. López tinha consciência das más intenções do Brasil e da Argentina , com os quais tinha problemas de limites mal resolvidos, em seu país e protestou contra o apoio do governo argentino à invasão dos rebeldes colorados (partidários da República Oriental do Uruguai). O Paraguai sofria com a falta de representantes diplomáticos no exterior e mantinha-se sem informações suficientes para tomar qualquer decisão política. No início, adotou uma posição intermediária, se oferecendo como árbitro para as questões entre Uruguai e os países Brasil e Argentina, porém, mostrou-se logo decidido a defender seus interesses na região do Rio da Prata. Mal informados sobre o potencial militar existente, brasileiros e argentinos passaram a encarar os paraguaios como intrusos e o subestimavam por incompetência de seus diplomatas e dificuldades de obter informações no regime ditatorial imposto por López. As rivalidades só aumentaram chegando ao ponto do Paraguai interpretar como agressão aos seus interesses a intervenção militar brasileira no Uruguai. Esse foi o verdadeiro estopim da Guerra do Paraguai.




FEITO POR MARINA LOPES E CESAR ELIAS

Referências bibliográficas:
Disponível o acesso nos sites em 05/08/2008
http://64.233.169.104/search?q=cache:y0edzPk1ZvkJ:www.revistanavigator.net/navig6/art/N6_art2.pdf+interven%C3%A7%C3%A3o+no+governo+de+aguirre&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=9&gl=br
www.mundodasbandeiras.com.br/.../paraguai.htm
http://br.geocities.com/guerrapara/guerradoparaguai.htm
http://www.cdocex.eb.mil.br/dobrado/OSORIO_SinteseBiogr.pdf.
http://guerras.brasilescola.com/seculo-xvi-xix/a-guerra-paraguai.htm
Livros: Revista Mundo estranho editora Abril edição nº 22 de Dezembro de 2003

4 Comentários, confira!:

Anônimo disse...

Que interessante! Eu não sabia que esse era o verdadeiro início da guerra. Muito Legal. Poxa, vcs realmente estão se esforçando para trazer curiosidades! Quanto as ajudas, vou ver se consigo alguma coisa. Talvez a gente possa trocar por email... Mas realmente estou com pouco tempo... todo tempo que sobra venho olhar o blog de vcs. Achei realmente muito legal!

Marina Lopes disse...

Ficamos muito contentes em saber que nosso blog lhe agradou, ele faz parte de um trabalho interdisciplinar para o colégio. Abraço!

Adna de Souza disse...

A Inglaterra não só fomentou a guerra como financiou tudo. O Brasil entrou de gaiato, ficou endividado e dizimou a jovem nação paraguaia. Hoje a verdade já veio a tona através de vários historiadores, a vergonha da batalha de Acosta ñu ficou marcada com sangue como a mais injusta e impiedosa de todos os tempos. Até mesmo Caxias, admirava os soldados paraguaios que perderam a guerra mas lutaram bravamente até o fim.

Adnajak

Anônimo disse...

Então o Brasil é culpado pelo Paraguai ter atacado o mato grosso...ta bom então bando de esquerdistas mentirosos tentam mudar a história do Brasil a qualquer custo e em todas as frentes possíveis!!!!

Uma vida heróica

* Manuel Luiz Osório nasceu no dia 10 de maio de 1808, no atual Município de Tramandaí, ano em que a família real portuguesa veio "refugiar-se" no território brasileiro. Foi um dos principais chefes militares do Brasil no século XIX, sendo, na Guerra do Paraguai destacado comandante. Lutou, também, na Guerra dos Farrapos; inicialmente ao lado dos rebeldes, passando, em seguida, a defender o governo central.
* De soldado à marechal, prestou um serviço militar exemplar; sobrepujando doenças e ferimentos que o retirariam do posto de combatente e justificariam seu retorno para casa. Seu caráter e feitos sublimes renderam-lhe os títulos de Barão, Visconde, e Marquês do Herval.
* Nos seus últimos anos de vida, como político do Partido Liberal,foi ministro da Guerra. Entretanto, em 03 de outubro de 1879, redigiu um pedido de renúncia, alegando problemas de saúde e idade avançada. No dia seguinte, 04 de 1879, faleceu aos 71 anos.
* Em seu leito de morte, aconselha:
"Quem escreve deve fazê-lo pela Pátria" Agradece aos médicos e aos homens de letras pelo bom tratamento que lhe deram e balbucia:
"Tranqüilo...Independente...Pátria...Sacrifício...Último infelizmente!"


FEITO POR MARINA LOPES E GERSON ASTOLFI

Fontes de consulta:
Livros:"O maior herói e líder popular brasileiro" (bicentenário);
http://www.osorio.org.br/marechal_osorio.htm

http://bicentenariosorio.com/osorio/index.php?option=com_content&task=view&id=13&Itemid=27/a>>
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